Luxo, ego, mídia, fama
Faz do revolucionário um covarde de mente insana
Luxo ego mídia fama
Parceiro que vira inimigo pela maldita da grana
Seguimos na mesma batida
Meu povo ainda sofre horrores
Aqui ninguém vive de amor
Não tem Roberto Carlos não jogamos flores
Na quebrada não tem maquiagem
A realidade é nua e crua
Tem igreja boteco macumba
Policia bandido criança na rua
Tem uns que é trabalhador
Que chega em casa cansado do trampo
Tem outros que é pegador
Bota o terror assalto a banco
Aqui é bem diferente
Do seu condomínio fechado
Que tem piscina quente academia
Segurança armado
Aqui nós cresceu na favela
Becos viela entre os barraco
Diferente dos mano Nutella
Que mosca da guela tudo pela saco
Na quebra só passa com medo
Bunda mole só vive assustado
Só anda com as puta de luxo
Rolex de ouro de carro blindado
Play boy é melhor se joga
Por que se cochila vacila é aquilo
E se o GPS errar na favela entra
Os moleque da tiro
O crime não é brincadeira
Aqui ninguém ta pra risada
A rua não é Disney landia
O quinze não é conto de fada
Cuidado por que na calada
Tem sempre alguém que ta na maldade
Se te pega sequestra te mata
Com alto requinte de crueldade
Melhor se liga nas idéia
Por que na terra colhe que se planta
E dependendo do erro sem chance
Sem boi sem bandeira branca
Luxo, ego, mídia, fama
Faz do revolucionário um covarde de mente insana
Luxo, ego, mídia, fama
Parceiro que vira inimigo pela maldita da grana
Aqui não tem emocionado
Ninguém ta comprado pelo dinheiro
Nem sonha com televisão
Se vim ta firmão a favela primeiro
Se for pra se verdadeiro
Fala o que pensa sem paga pau
Nós cola seja onde for
Nós vai na conversa lá com o Bial
Fala em rede nacional
Os que nós viveu na realidade
De tudo que agente passo
Dentro dos presidio nas comunidade
Aonde nada mudo só pioro
Não tem mais espaço
Os barraco tudo amontoado na beira do rio
Os moleque descalço
Aqui é um pedaço do inferno
No mundo moderno só desatino
Os pivete com treze quatorze
Se arrisca no doze segurando os pino
Vinte quatro por quarenta e oito
De prontidão contando com a sorte
Trocando tiro com a policia
Sempre correndo fugindo da morte
Os menor é disposição tudo a milhão
Na rua embrasa
Tem vários que entra no crime
Não passa um mês é fundação casa
A mãe não aguenta mais
Deixo de mão agora só chora
De joelhos na sua oração
Pede proteção pra nossa senhora
Pra que seu filho não morra
Na mão do DENARC na mão da BAEPE
Pra não ser mais um finado
Imortalizado nas letra de rap
É o nosso cotidiano bem violento
No dia a dia
É triste apagado cinzento
O retrato falado da periferia
Luxo, ego, mídia, fama
Faz do revolucionário um covarde de mente insana
Luxo, ego, mídia, fama
Parceiro que vira inimigo pela maldita da grana